Spinning pesca aos robalos com amostras

Apr 29, 2016

 

Quando se fala de pesca, muitos associam a um desporto monótono, sendo sinónimo de espera/paciência. Contudo esta modalidade é o oposto.

 

Gosto e prática

 

Como em tudo na vida é preciso gosto e praticar para a obter o sucesso.
Em todas as modalidades a prática é um fator forte, mas apenas que aumenta a probabilidade de sucesso.
Não sendo obrigatoriamente sinónimo de sucesso imediato.

 

Spinning

 

O spinning depende de um fenómeno incontrolável “a sorte”.

 

Apenas com a minha opinião pessoal, concluo-o que:

 

  • 40% Encontra-se no material que usamos.

 

  • 45% Técnica (lançamentos, leitura dos pesqueiros).

 

  • 15% De sorte.

 

Uma jornada de spinning obriga no imediato uma enorme logística mental, desde condições do mar, condições atmosféricas e material adequado.

 

Atualmente com pesquizas em sites de metrologia/desportos náuticos, podemos verificar as melhores condições, ventos, marés, luas, etc.
Com a experiencia que tenho adquirido, obtenho cada vez melhores resultados com condições adversas.

 

Na Ericeira

 

Ericeira, uma vila maravilhosa, um local de excelência para as diversas modalidades náuticas.
Mas uma das zonas em que os pesqueiros mais alteram.
As condições muitas das vezes são bastante difíceis para as diversas praticas, sejam elas desportivas ou profissionais.

 

O mar de eleição

 

O mar de eleição da maioria dos praticantes ronda os 1,5metros/ período de 8.
Pessoalmente prefiro mar um pouco mais bruto com 2 metros/ período de 9 ou 10.

 

No meu historial entrado da lua nova faz parte dos meus pontos altos.

 

Época dos exemplares

 

A época dos grandes exemplares é variável entre novembro e fevereiro, coincidindo com a desova.
Pessoalmente tenho encontrado bonitos exemplares fora destes meses.
Visto que estes meses muitas vezes são impraticáveis e servem apenas referencia podendo atrasar ou adiantar.

 

A internet para muitos que se iniciam nesta modalidade, é um trunfo.
Mas não nos podemos esquecer que nem sempre as bonitas fotos que vemos por ai correspondem ao imediato.

 

Basicamente a pesca no seu ponto físico corresponde a realidade e a verdadeira aprendizagem.
Alguma teoria mais abrangente são através da internet apenas um pequeno apoio.

 

A aptidão física

 

É uma modalidade de grande desgaste físico, não só se resume a um dia em si.
Mas também os  dias seguintes são de plena recuperação.

 

Os horários de eleição pelos praticantes de spinning esta compreendida entre a noite e os períodos do nascer e pôr-do-sol.
Mas é claro que os robalos caçam a qualquer hora do dia.

 

Opção nocturna

 

A opção noturna é uma das que possui maior taxa de sucesso nesta modalidade.
Visto ser a altura de melhor conforto para os robalos caçarem.

 

Levantar cedo é uma das grandes dificuldades, mas quando se tem um gosto especial até parece que o tempo custa a passar até a hora do despertador tocar.
Levantar cedo  terá um desgaste superior ao desgaste físico.

 

Os fins de tarde junto ao mar para muitos será a melhor opção.
Bonitos ataques costumam acontecer quando o sol toca o horizonte.

 

A aptidão física é uma das grandes necessidades para o sucesso.
Desde o bom equilíbrio em pesqueiros mais arriscados, falésias, rebentação etc.. até a resistência de jornadas normalmente duram 3h a 4h.

 

 

A segurança

 

Evitar sempre pedra altas mesmo junto ao mar, pois aumentam os danos em caso de queda.
É preferível uma pedra com limos mas rasteira, na existência de queda os danos serão muito menores.
Se necessário usando o apoio de uma das mão, com calma tudo se faz e atravessa.

 

A segurança deveria ser um dos focos de cada saída, muitas vezes parece impossível mas inconscientemente estamos bastante focados nela.
Com a prática até o gerar de uma onda e o seu barulho são os sinais de alerta.
Mas todo o cuidado é pouco, nada como pensar antes de agir.

 

Equipamento de segurança

 

Em relação ao equipamento de segurança, acho que devia existir legislação ao uso de colete de apoio.
Mesmo que a fiscalização fosse baixa, muitos não iriam arriscar a falta do mesmo.
Outra dica para quem pratica esta pesca sozinho não custa nada através de uma mensagem alertar um familiar ou amigo em relação a nossa localização.
Mesmo que se mude de pesqueiro varias vezes.

 

Quando iniciei esta modalidade, já tinha algumas luzes vindas da água doce (pesca ao achigã) apeada e embarcada, mas no mar é bem diferente.

 

Na aquisição de material, pesqueiros e leitura do mar, falhei muitas vezes e ainda bem que falhei.
Cada progresso que fazia por mim mesmo tinha um gosto especial.

 

Adquiri muitas vezes material que nunca cheguei a usar, baseado em modas ou rumores.
Mas cheguei a conclusão que o que faz mesmo a diferença é estar na zona de ação.
Tenho uma seleção de amostra que acho serem adequadas aos meus pesqueiros bem como os tipos de mar que nele se fazem sentir.
Escolho antecipadamente as mais adequadas.

 

O material de spinning

 

O material que uso é de gama media, suficiente para o fim pretendido.
Canas entre os 3 metros e os 3.3metros, ações variam entre 15 e 100g.
Os carretos tento adquirir com tamanho na casa dos 4000/ 5000 (conforme marcas) e com ratio de 5 ou 6.

 

Cada vez são mais utilizadas canas e carretos de medidas inferior as que referi e com prestações muito boas.
Mas cada um tem um gosto especial, e existe sempre uma a que nos adaptamos melhor.

 

Nos pesqueiros que frequento sinto-me mais confortável com material mais robusto.

 

Atualmente faço-me acompanhar de 6 amostras e um igual número de vinis.
Consciente que todas as amostras do mercado são boas e efetuam capturas.

 

Obrigatoriamente faço-me acompanhar por duas de 17cm e duas de 14cm, uma passeante e outra de meia água.
Vinis de 12,5cm e os 14cm pesos entre 20/45g.

 

Com uma combinação de fatores podemos estar preparados para o spinning, mas mais uma vez temos a sorte a ser a fulcral na jornada.

 

Chegados ao pesqueiro e com o mar elegido e possível, ferramos o nosso primeiro exemplar.
Temos de aproveitar este momento de sorte para que acabe tudo bem.
Visto a mesma poder acabar sem sucesso, não nos podemos esquecer que estamos numa luta desequilibrada.
Quando corre tudo bem, podemos calmamente e repletos de adrenalina observar tal beldade.
A nossa autoestima aumenta, muitas das vezes não só pela captura em si mas também pelos louvores que os amigos e familiares nos iram dar.

 

A mentalidade

 

Os tempos passam e a nossa mentalidade vai mudando.
Peixes que outrora eram o auge agora são devolvidos.
Até o dia que até os grande exemplares apenas serviram para a foto e o mais rapidamente colocados no seu habitat.
Esse sim é o nível máximo de qual pescador e algo de louvar.

 

Nós pescadores desportivos somos e seremos sempre uma gota de água na quebra da cota desta espécie.
Certamente também influenciaremos mas em termos percetuais e comparando com outras artes não somos nada.

 

Seria mais justo punir a lixos deixados ao abandono nos pesqueiros do que muitas vezes uma punição por um outro exemplar de menor tamanho.
Claro que tudo com a devida moderação.

 

Afinal todos os dias podemos assistir a vídeos publicados nas redes sociais onde observamos verdadeiras chacinas desta espécie.
Toneladas e toneladas de robalos sem medida capturados.

 

Defendo que os profissionais deveriam de ter melhores condições, apoios, etc.

 

Dependerem do mar e muitas vezes nem poderem ir, talvez esta seja a necessidade que os faz ter de capturar pelos dias em que estiverem impossibilitados de tal.
É uma vida bonita e muitas vezes triste, depender não só da natureza mas também da sociedade.
Sem contar com a sorte, existe espaço e tempo para tudo na vida é preciso saber organizar e gerir.
Tal como eu escrevo, é facílimo dar palpites, colocar em pratica é que é o difícil, mas também o compreendo.

 

Os momentos vividos junto ao mar são verdadeiras terapias para o stress do quotidiano.
Ter o privilégio de poder uma bonita família e pescar é um sonho, a descoberta do spinning foi a cereja no topo do bolo.

 

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HÉLIO SILVA

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